Covid-19: O isolamento social e problemas neurológicos
O novo coronavírus vem crescendo de maneira exponencial no mundo inteiro, por isso, muitos governos, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), estão aplicando o isolamento social para tentar controlar o contágio pelo vírus.
O que é o isolamento social?
O isolamento social ocorre quando um grupo, de maneira espontânea ou involuntária, evita contato e interação com outras pessoas.
No cenário atual, isso acontece quando as pessoas ficam em suas casas, não têm contato com outros indivíduos e só saem de casa para fazer serviços essenciais, como compras na farmácia e mercado.
Como o isolamento age
A solidão pode desencadear diversos sentimentos, mas o primeiro é a sensação de reflexão sobre o que está acontecendo atualmente e as chances de isso levar para o pensamento de inconstância sobre o futuro, um ponto que pode gerar ansiedade.
Pensar em cenários futuros, como o avanço da doença, testagem positiva para o coronavírus, hospitalização e complicações por conta da enfermidade, podem acabar em uma reflexão sobre a própria existência, expectativas sobre a vida e críticas sobre iniciativas ou atitudes que poderiam ter sido tomadas.
O que pode ser desencadeado com a solidão
A psiquiatria contemporânea incorporou a solidão em dois níveis de diagnóstico: um traço de personalidade e um sintoma clínico. O primeira está ligado a solidão presente em indivíduos solitários e propensos à melancolia, já o segundo está ligado a uma anormalidade e pode acabar em quadros psicopatológicos específicos.
Os indivíduos que estão passando por esse momento sozinhos tem mais chances de desenvolver algo, mas isso não quer dizer que os que estejam passando com outras pessoas, como pais, irmãos ou cônjuge, não lidem com isso da mesma forma.
O isolamento pode agir como desencadeador e exacerbador da solidão, ainda mais se este já for um traço de personalidade estabelecido, assim ela pode nutrir o desespero e o desânimo, exacerbando transtornos de humor (ansiedade e depressão). Por último, ele pode gerar memórias desagradáveis, tornando a experiência de isolamento social um prelúdio de uma síndrome de estresse pós-traumático.
Como melhorar esse cenário?
É importante que nesse momento as pessoas que estão em isolamento procurem a auto-análise por meio de profissionais ou por elas mesmo.
Buscar formas de se entreter, seja com filmes, séries, comunicação por vídeo com a família, exercícios de leitura e escrita, por exemplo, também pode ser uma boa saída.
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