No primeiro estudo sobre a doença de Alzheimer realizado em trigêmeos idênticos, foi descoberto que mesmo com o mesmo ADN, apenas dois irmãos desenvolveram a doença.

A pesquisa publicada recentemente no periódico Brain descobriu que o código genético não determina o aparecimento da enfermidade, pois não necessariamente os parentes carregarão o mesmo ADN durante toda a vida.

Essa descoberta traz esperanças para quem conta com forte história familiar, pois os fatores externos e estilo de vida podem ser mais decisivos e retardarem, ou acelerarem, o aparecimento da demência.

Na análise dos três irmãos, de 85 anos, todos tinham hipertensão, por exemplo, mas só os que sofriam de Alzheimer tinham um comportamento obsessivo-compulsivo de longa data.

A equipe também descobriu que, apesar de serem octogenários, a idade biológica das células era de seis a dez anos mais nova do que a idade cronológica.

Os cientistas não conseguiram definir uma causa específica para o surgimento da doença, mas sugerem que o início tardio do transtorno está relacionado a um gene específico da demência, o apolipoproteína E4, um dos maiores fatores para o desenvolvimento da doença atualmente.